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DMT e violência de gênero

Atualizado: 1 de fev. de 2023

A violência de gênero é uma realidade, infelizmente, ainda muito presente no Brasil, em todas as suas modalidades. Atualmente, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH). Durante o período de pandemia e isolamento social, a violência contra a mulher cresceu no Brasil e no mundo. No país, no primeiro mês de quarentena, o aumento das denúncias pelo 180 já havia sido de 40% com relação ao ano anterior.




Como a DMT pode contribuir na intervenção?


O trauma da violência tem um impacto profundo na organização funcional, emocional e social da mulher. A profundidade da vivência traumática afeta o corpo e sua relação com o exterior. Além das marcas corporais, a violência deixa diversas seqüelas psicológicas. Nem toda relação abusiva tem episódios de violência física, muitas vezes ela é mais sutil, menos visível, e não por isso menos danosa.


A DMT possibilita um espaço para a expressão não-verbal dos sentimentos relacionados às experiências de violência (SORRENTO, 2009). Muitas vezes a linguagem não-verbal é a única disponível ou acessível no trabalho com vítimas de violências.

A abordagem da Dança Movimento Terapia busca uma atenção integral, atendendo a estas seqüelas a partir da abordagem corporal, buscando restabelecer e reconstruir na mulher um sentido de si-mesma completo, uma sensação de segurança em seu próprio espaço pessoal, seu corpo. A partir disso e da intervenção nos fatores de risco e de proteção, busca apoiá-la na superação do ciclo da violência no qual está ou esteve inserida.


A psicoterapia corporal e a linguagem não-verbal têm se mostrado uma abordagem efetiva para o tratamento de traumas e vivências as vezes difíceis demais para serem verbalizadas.

Diversos autores apontam para a possibilidade e efeitos do uso da Dança/Movimento Terapia como tratamento em situações de violência familiar, seja com crianças que vivenciaram maltrato e/ou abuso ou com mulheres adultas em situação de violência conjugal e/ou que vivenciaram maltrato na infância.



Texto por Isabel Ribeiro

dmtbrasil © 2020




 

Sugestões bibliográficas


•CHANG, M. & LEVENTHAL, F. Dance/Movement Therapy with Battered Women: A Paradigm of Action. American Journal of Dance Therapy. Vol 13, No2, Fall/Winter. American Dance Therapy Association. 1991.

•CHANG, M. & LEVENTHAL, F. Mobilizing Battered Women: A Creative Step Forward. In F. J. Levy, with J. P. Fried, & F. Leventhal (eds.), Dance and Other Expressive Art Therapies: When words are not enough. (pp. 59-68). New York, NY: Routledge. 1995.


•DEVEREAUX, C. Untying the Knots: Dance/Movement Therapy with a Family Exposed to Domestic Violence. American Journal of Dance Therapy. Vol. 30, No2: 58-70. American Dance Therapy Association. 2008.


•MILLS, L.,&DANILUK. Her body speaks: the experience of dance therapy for woman survivors of child sexual abuse. Journal of Counseling and Development. Volume 80. No 1: 77-85. American Counseling Association. 2002.


•VALENTINE, G.E.Dance/movement therapy with women survivors of sexual abuse. In S.L. Brooke (Ed.), The use of the creative therapies with sexual abuse survivors (pp. 181-195). Springfield, IL: Charles C Thomas Publisher LTD. 2007.


•WELTMAN, M. Movement therapy with children who have been sexually abused. American Journal of Dance Therapy, 9, 47-66, 1986.


•SORRENTO, A.E. Dance/Movement Therapy Support for Children Who Have Witnessed Domestic Violence: Therapist Perspectives. Thesis: Master of Arts. Faculty of the Creative Arts in Therapy Program, 2009.


 
 
 

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