Dançar, no contexto da dança/movimento terapia, não significa realizar movimentos impressionantes, acertar os passos ou aprender uma forma correta de se mover. Significa compartilhar uma experiência de humanidade e de conexão, que se expressa em movimentos tão singelos como um toque de dedo do pé, um olhar, um movimento do ombro ou uma pequena mudança no sentir.
A DMT aborda não apenas o corpo fisico, mas o corpo emocional e social, sendo uma forma poderosa e eficaz de ajudar os idosos a ter acesso a um senso vital de identidade. Alguns dos maiores desafios que os idosos enfrentam são o isolamento, a inércia física e a perda de independência. Embora seja importante respeitar a desaceleração natural e o declínio físico que ocorre com o envelhecimento, também é benéfico, às vezes, interromper respeitosamente essa inércia com atividades que promovam um envolvimento significativo.
Um princípio central da DMT é "encontrar os clientes onde eles estão". Isso significa usar o movimento gerado a partir de cada cliente como um ponto de partida e, potencialmente, construir a partir disso para aumentar a amplitude de movimento e expressão. Isso promove a segurança, já que o movimento vem das próprias habilidades e possibilidades do cliente.
O prazer é uma necessidade básica muitas vezes esquecida e negligenciada entre os idosos. Incluir a música e a dança, essencialmente, constitui o que o neurocientista John Krakauer chama de "jogo duplo do prazer". Tanto a música quanto o movimento estimulam os centros de recompensa do cérebro, com alguma sobreposição. Juntos, eles aumentam o número de centros de prazer ativados. Krakauer também atribui o prazer de dançar aos processos neurais de espelhamento, sintonização e experiência social compartilhada. (Krakauer, Scientific American, 2008).
Tradução e adaptação: Isabel Ribeiro
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Fonte da bibliografia: ADTA - American Dance Therapy Association
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